sexta-feira, 17 de abril de 2009

Morfologia de Orquídeas por Pedro Ivo Soares Braga 2


Raiz do tipo velame de orquídea epífita. C – Coifa V- Velame.



Flor de orquídea distendida com a coluna retirada. 1 – Sépalos laterais. 2 – Sépalo dorsal. 3 – Pétalos. 4 – Labelo.









A - Coluna em vista ventral, com antera alojada no clinândrio. B - Coluna em vista ventral, com antera retirada do clinândrio. . Ant. – Antera. R – Rostelo. CE – Cavidade Estigmatífera. C - Caudículo. P - Polínea.





1 - Coluna com cavidade estigmatífera e antera alojada no clinândrio. 2 - Coluna com antera retirada mostrando o rostelo e o clinândrio. 3.- Antera. 4 - Polinários do tipo polínea ceróide.







A - Coluna em vista ventral, com antera alojada no clinândrio. B - Coluna em vista ventral, com antera retirada do clinândrio. Ant. – Antera. R – Rostelo. V – Viscidium. CE – Cavidade Estigmatífera. C - Caudículo. E - Estípete. P - Polínea.


Morfolgia de Orquídeas por Pedro Ivo Soares Braga 1

Crescimento - observamos dois tipos de crescimento - Simpodial e Monopodial.

Crescimento simpodial - tipo de crescimento dos rizomas que, após o crescimento de um pseudobulbo e sua floração, desenvolve uma gema na base do pseudobulbo e iniciam novo crescimento, sempre seguindo horizontalmente, em frente ou irregularmente.

Crescimento monopodial - tipo de ramificação lateral em que o eixo principal do rizoma ou caule mantém-se retilíneo e uniforme, gerando ramos menores que ele.

Inflorescência - podem ser apicais ou terminais, axilares ou laterais, dos tipos: cacho, panícula, racimo e espiga. Em algumas espécies, as inflorescências desenvolvem-se protegidas por uma folha modificada denominada espata.

Sépalos e pétalos – providas de três sépalos no verticilo externo e três pétalos no interno, distintos uns dos outros.

Labelo - Um dos pétalos, o oposto ao estame fértil é denominado labelo. Geralmente apresenta cores vistosas, o que serve para atrair o polinizador à flor.
Coluna ou Gimnostêmio - com a concreção dos estames (órgãos masculinos) e dos pistilos (órgãos femininos) forma-se a coluna.

Estigma - apresentam-se em numero de três, concrescidos, constituindo a cavidade estigmatífera. Parte de um dos estigmas transforma-se em uma parede denominada rostelo, evitando assim, que as políneas depositadas na antera, venham ter contato com o estigma. Em muitos gêneros, parte do rostelo (viscidium) produz uma substância viscosa que é retirada juntamente com o polinário e serve para fixar todo a aparato no polinizador.

Antera - geralmente uma, e encontra-se no ápice da coluna. A subfamília Cypripedioideae, possui na coluna, duas anteras laterais. As demais subfamílias ocorrentes no Brasil apresentam apenas uma única antera.

Polinário - o pólen das orquídeas ao contrario das outras famílias encontra-se agrupado em tétrades que formam polinários. O polinário geralmente é constituído de: políneas granulosas, ou ceróides, ou cartilaginóides; caudículo; estípite e viscidium. Além da variação do tipo de agregado de pólen, as demais partes, dependendo dos gêneros, podem estar presentes ou não.

Ovário – ínfero, composto de três carpelos concrescidos formando ovário trilocular (subfamílias Apostasioideae e Cypripedioideae), ou unilocular (demais subfamílias). Geralmente antes da antese o ovário sofre uma torção de 180º o que faz o labelo tomar uma posição ínfera em relação aos outros dois pétalos e servir, em muitos casos, como campo de pouso para os polinizadores.
Óvulos - os óvulos não se desenvolvem antes que as plantas tenham sido polinizadas.

Fruto - cápsula dos tipos trilocular (nas subfamílias Apostasioideae e Cypripedioideae) e unilocular (demais subfamílias).
Sementes – na maioria das orquídeas são diminutas, paleáceas, sem endosperma e com embrião rudimentar.


Continua na próxima postagem.